''E naquele dia, acordou sozinho, sentou-se na cama por alguns segundos com as mãos apoiadas no velho colchão e olhando para o chão, levantou-se e caminhou em direção ao banheiro. Viu seu reflexo no espelho e com frio na alma lavou o rosto com a água gelada. De nada adiantou.
Levantou novamente o olhar. Encarou o espelho, olhando no fundo dos próprios olhos. Ali permaneceu por minutos.
O silêncio parecia apertar e causar mais dor.
E no momento mais angustiante, quando suas forças pareciam se acabar, na esperança de ser ouvido e cansado de se esconder gritou:
- Quem sou eu?!
E viu que era tarde demais para descobrir.
Para descobrir e não para recriar.''
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